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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

TEMPO


Eu sou aquela que vive a pensar o que é descobrir pensamentos, a vida pode ser um buraco sem fundo nenhum, você cai e cai, e nunca chega na queda tão desejada, afinal alguns não sabem que talvez cair seja melhor do que se manter exatamente onde está. As perguntas são sempre as mesmas, mas meus desvios são diferentes, onde está meu relógio sem ponteiros quando meu único desejo é que o tempo pare de correr, eu arraquei tudo dos meus objetos pessoais, tudo que impedisse a calmaria dos meus sentimentos.
Sou aquela sim, que vê o dia passar, levando coisas que eu queria fazer, velejando em algum ponto sem nome e sem endereço algum, enquanto escuto os mesmos discursos, os mesmos sermões, enquanto assisto as mesmas cenas, e nelas sou eu, a protagonista, que sempre se derrama em si mesma e depois sofre.
Aquela que precisa quebrar o espelho pra perceber que não deveria ter tanta pressa, que esquece dos momentos ensolarados para poder render mais, faz aquilo, faz isso, orgulho nenhum se inspira quando se faz tudo por obrigação.
...por mim deixaria se esvair todos os números que fazem a vida parecer um gol contra, pois são eles que marcam quantos anos se passaram, quantos meses ainda faltam pra se livrar de alguma decepção, são eles que ficam no meu relógio esperando os ponteiros voltarem pra recomeçar a minha agonia.

Sem números enfim, eu viveria.

1 comentários:

Nanda Leone disse...

Jana, a cada post seu, mais eu me impressiono!
Como vc tem tanto repertório???
Muitas vezes, eu quero, tenho vontade de escrever, mas não sei sobre o quê... então, acabo desistindo de atualizar o blog.
Mas pra você parece ser tão fácil colocar o que sente (e o que, talvez, finja sentir) em palavras...
Demais! De verdade!!!
Bjks!