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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A única.


Ele nunca entendeu por que ela foi embora, chovia demais naquela manhã e o lado esquerdo da cama estava vazio, e não era apenas um vazio, era algo insuportavel dentro dele. Existem sentimentos que conseguem nos dar a diferença, que consegue mudar quem somos, nos dá vontade de sermos melhores. E existe depois aquela sensação de frio e de abandono que agora ele estava conhecendo, e que não era justo depois de tanta cor, ela tirar tudo dele e transformar aquele apartamento num preto e branco sem fim.

Ela se foi, e escureceu tudo, até os móveis pareciam mais tristes, até o tapetinho da entrada da sala sentia falta dela.E agora o problema não era encarar o dia sozinho, mas sentar ali, tomar o café mais amargo que ele já tomou, comer o pão mais sem gosto que ele já comeu, e ver a cadeira do lado dele vazia também, só o jornal ali parado todo organizadinho, ela costumava se atrapalhar toda com o jornal e bagunçar tudo, e até disso ele estava sentindo falta.
O problema era também trabalhar e não tirar da cabeça o olhar dela, trabalhar sabendo que ela não vai ligar mil vezes para o trabalho, outras mil vezes para o celular e brigar com ciumes da secretaria que sempre diz que ele está em reunião, ela sempre queria atenção, e ele já estava sentindo falta disso também.
De noite foi pior, entrar lá e não encontrar ela emburrada porque ele chegou tarde, ou suas maquiagens espalhadas por toda a casa, não tropeçar naquele sapato de salto altissimo que ela sempre deixava na porta do quarto, e pior ainda, se deitar sem ela ali com vontade de beija-lo a noite toda, e ele cansado ás vezes ignorava um pouco e falava que queria dormir.
E ali na secretaria eletronica, um recado, apenas um recado dela falando que no dia seguinte iria voltar pra pegar o resto das coisas, ele quase conseguiu ama-la exatamente como ela era, quase. O problema é que todo o resto dela que sobra, está ali machucando e mostrando que talvez ele viu embora o mistério que era não amar a única pessoa do mundo que ele amaria.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Eu não vivi ainda....



Porque perdi meu tempo
Porque não sei falar "não"
Porque estive no lugar errado na hora errada
Porque já quis me vingar
Porque não quis mais
Porque evitei sair e me permitir
Porque me preparei pra cena que não era do meu filme
Porque não existe filme nenhum
Porque demorei pra enxergar
Porque enxergaram antes de mim
Porque não existe destino e sim estrada
Porque me confundi
Porque bati a minha cabeça em um muro sem fim
Porque o muro era de mentira
Porque me confundi de novo
Porque ouvi tudo calada
Porque quando falei, falei demais
Porque encontrei e reencontrei
Porque não deveria ter feito menos
Porque não deveria ter feito tudo
Porque deveria não dever nada
Porque estive presente
Porque cobrei pessoas erradas
Porque quis ser ausente
Porque me magoei
Porque me deixei ser magoada
Porque mentiram pra mim
Porque mentem pra você
Porque não me escondo
Porque escrevo demais e falo de menos
Porque tudo é diferente do que você falou
Porque tudo é igual ao que falaram pra mim
Porque eu descobri....

Que ainda não vivi...mas nunca é tarde para se começar a viver!

domingo, 11 de janeiro de 2009

Antes de partir...


Eu vou rasgar todas as suas roupas de cor azul celeste. Sim porque essa é a cor que eu mais gosto que você usa, a cor que mais combina com você. Vou rasgá-las até sobrar pedacinhos muito pequenininhos de pano, tão pequenos que ficarão insgnificantes dentro do nosso quarto bem iluminado.
Eu vou arrancar todas as fotos nossas de todos os porta-retratos espalhados pela casa, com as fotos eu irei recortar seu rosto de cada uma, com os porta-retratos, todos escolhidos por você, eu irei tacá-los no chão, até quebrarem em pedacinhos, bem pequenininhos que ficarão insignificantes na nossa sala bem decorada.
Eu vou queimar cada enfeite de porcelana que você insitiu tanto para eu comprar, eu vou queimá-los e deixar as cinzas cobrir todo o quintal espaçoso que temos. Vou furar cada um dos pneus do carro do ano, carro que você tanto economizou para comprar. Eu vou riscá-lo, terá meu nome marcado em cada espaço dele.
Eu vou pintar de preto todas as paredes do banheiro, vou deixar a tinta cobrir cada lembrança dos banhos, dos carinhos e da vida que tinhamos juntos.
E por fim, vou transformá-lo em nada, vou deixa-lo insignificante dentro de mim....São algumas das loucuras que farei antes de partir.