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quinta-feira, 28 de maio de 2009

A Carta



Fiquei entediada enquanto escrevia essa sua carta, não foi de propósito não, mas é que tudo que eu possa comentar de tudo que você quer que eu comente, consegue me entediar mais do que assistir alguém dormindo. Mas o que posso fazer se é uma simples carta? Se pudesse a escreveria numa dama de paus.

Outro dia estava assistindo Náufrago com Tom Hanks, e isso me lembrou algumas fases de sua vida, sério, lembra a parte que ele machuca os pés andando ao redor da ilha procurando uma maneira de se salvar?

Machucados, lembranças, feridas, lembranças. Você nem conseguia encontrar uma maneira de fugir, igualzinho ao Tom Hanks no filme, mas bem que você tentava não é?

E olha só como a maré muda, estou aqui escrevendo coisas que sei que você precisa ler, mas que mesmo assim tenho que te enviar por pensamento, talvez eu sopre essa carta pela janela, talvez o vento leve-a até você, acredito que as palavras de um modo ou de outro conseguem alcançar seus objetivos.

Lembra quando você deixou sua bagagem perdida na rodoviária? Eu tinha certeza que você faria algo assim, quem não sabe nem que rumo seguir acabaria perdendo as malas em algum lugar. Ainda as procura? Soube que perdeu o interesse por elas.

Sabe o que realmente me incomoda? Que você tinha as melhores frases que já ouvi, aposto que as tirava de algum roteiro que foi jogado em alguma lixeira por aí, pois saiba que você conseguiu aproveitá-lo muito bem, apesar de que ás vezes era muito forçado.

Algumas coisas se repetem, outras se vão, posso te prometer nesta carta que virei fã da sua presença, eu vi todos os cacos quebrados pelo chão, e ainda podia sentir que você não iria desistir, foi um show de variedades, um grande espetáculo, e olha que você nem apagava as luzes.

Já tentou falar coisas que pararam na garganta não é? E se eu te falar que um dia você terá essa chance? Isso mostra que algo em você mudou, eu confesso que nunca senti teu gosto real, e estou tão empolgada, minha empolgação tem um porquê, finalmente verei você sendo quem é.

Não, não, não mesmo, nunca tinha te visto falar tantos "nãos", até vejo um sorriso de lado, já virou a sua principal marca, já virou a sua principal expressão. Às vezes te considero meio do tipo que sonha demais, mas não posso culpar suas atitudes, ainda enxerga as "coisas", e ainda estão cruas não? Não!

Você pagaria por cada cena que viu? Eu tenho a impressão que vivia com nojo de tudo aquilo, até que ter entrada grátis é bom, mas assistir tudo isso de camarote não é fácil.

Você pode á cada vinte e nove dias boiar nas próprias palavras não ditas, mas não significa que seja um contrato, mas sim um meio de termos um pequeno e sombrio contato. E calma, essa carta era pra ser assim mesmo com sentido em não ter sentido nenhum, em não explicar o que praticamente já está explicado.

Você nem imagina não é, o quanto é deprimente alguns aspectos que tenho que deixar nestas entrelinhas?

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Entre quatro paredes


Essa pulsação tem me segurado, é quase uma contagem regressiva pra minha queda.
Mas eu não desisto fácil, sei que tenho meus sentimentos equilibrados.
Eu finjo que não sei olhar pro lado, mas sei o que me satisfaz.
E sinto que pode explodir, mas tento não correr atrás.
Se sozinha eu me calo e me faço de desentendida, isso não precisam saber.
Se eu grito e peço mais quando estou com alguém, isso eu não tento esconder.
Essa sensação me deixa fraca nos joelhos, quase imploro pra saciar uma vontade.
Se me faz enlouquecer, essa loucura é minha única verdade.
Se me faz ficar consciente, é um erro que sei como concertar.
Eu procuro, eu idealizo, eu não consigo me cansar.
Eu mordo, eu aperto eu te faço meu nome chamar.
Sim, o amor é doce, mas eu prefiro o salgado do seu suor.
E sei exatamente como sussurrar, e te deixar desinimido.
Não me olhe como se eu fosse uma vadia...

A sacanagem óbvia é muito mais pura que o desejo escondido.

domingo, 3 de maio de 2009

Irmã


Eu estive aqui esperando você falar o que pensava, não pude enxergar que você estava olhando pra cima querendo ficar assim. Eu nunca parei de falar sobre mim, então por que não ouvia falar sobre você? Onde eu fui enquanto você se calava? Acho que fui pra longe alguns dias, não notei que foram anos. Minha pequena, você parece tão grande agora, eu só procurava imaginar você sem nenhuma mudança, mas mudanças acontecem, e aconteceram com você. Eu não segurei cada choro solitário seu? Eu realmente estive longe.
Mas minha pequena eu te acho maior que tanta gente, e tanta gente pode querer te magoar, mas eu sei que é seu caminho agora. Meus olhos já mostraram, mas minhas palavras não sabem te expressar, que foi você que nunca se afastou, onde estive enquanto você crescia? Ainda quero momentos em que nenhum furacão passava por nós, momentos em que as notas musicais nos desenhavam.
Delicada, essa sou eu, e você? Eu sei, você é a forte, a que sabe ser mais madura que nós duas juntas, essa é você. Mas onde eu estive enquanto você sabia o que aconselhar, aonde eu fui quando você começou a falar mais alto? Aonde notei que te encontrei?
Parece que foi ontem, mas já sei que não foi. Você continua a crescer cada vez mais rápido, está tão dificil te segurar, minha pequena você me deixa te alcançar?