Despedaçada.

Só precisava ser assim, não sentir pra não viver incondicionalmente pra você. Já ouviu falar em cansaço da alma? É o meu caso, cada vez que fico em pétalas espalhadas pelo chão de um caso inquebrável, me preparo pra me irritar, xingar sentir arder nos meus olhos cada lágrima, porque elas sabem arder, ah como sabem. Já me arrastei por um beijo que já teve um gosto mais infinito do que esses últimos, já vi aquele ar rude de alguém esnobe que só você sabe fazer, já o vi perder uma classe que no fundo você nunca teve, já te vi tentando ser homem, mas acreditando que cada vez mais você se afirma em ser menos, menos do que eu mereço. Talvez você devesse falar mais de tristeza, mas tristeza real e não aquelas que você inventa, não existe as coisas bonitas que você fala, não existe aquelas intrigas que sempre terminam bem, não existe algo que possa vencer um outro algo qualquer que esteja nos prejudicando, não existe nem ao menos essa prejudicação ilusória. Queria te contar tudo exatamente como é, essa fumaça que nos envolve de mentiras e banalidades. E dizer que é ridiculo sim suas atitudes, a sua cara de que sou eu a culpada, SUA culpada de tudo, de você dormir mal, de trabalhar demais, de não conseguir uma nova e mais ridicula ainda forma de existir. Suas formas de pensamentos me enojam tanto que nem sei porque gosto delas. Deve ser a lei do contrário, quanto mais se odeia, mais se ama. Queria parar de pagar tão caro cada vez que arriscamos um no outro, porque já está muito caro, eu pago, e pago, e pago...queria meu troco de volta em forma de vida que tenho perdido com você.
E vivo, procuro em todas as portas trancadas por dentro, não existe chave, nunca existiu, e meus dedos sangram pelas fechaduras, e nem são meus dedos que doem, é mais profundo que isso, é mais além do meu ser... eu retiraria cada palavra que pudesse lhe ferir, mas uma não posso retirar: o FIM.