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quinta-feira, 23 de abril de 2009

É...


É sentir, é viver, cada pedaço está escondido em mim, está refletindo e cada vez mais forte no meu espelho, sem sombras, sem vultos que não conheço me rodeando, sem brilho falso e sem frescura de não existir por existir.
É me encontrar, brigar comigo mesma, mas sem me machucar, é triunfar em dias sem grandes emoções.
É passar por cima de asas que são imagináveis, é entrelaçar almas que não se conheciam, é afogar-me em contos de escritores conhecidos e os não conhecidos, é saber sem subornar ninguém, é estourar e conseguir voltar á mesma cumplicidade perdida.
Não vou, não quero, não sei mais ser sensivel, mas é se encantar além do que já se iludiu por correntes quebradas, por prisões eternas, é se libertar de tudo isso.
É falar, escutar, é pronunciar calmamente palavras que o outro admira, e que assim se continua a continuar.
É não guardar o que se tem pra viver, é repetir e deixar soar pelos ecos, pelas maneiras, pelos vícios, é digerir tudo sem se engasgar.
É rasgar e costurar panos velhos que pareciam novos, é chorar pelas esquinas sem luzes acesas, é aproveitar cada lágrima sem secar.
É colecionar quadros pintados sem sentimentos, é arrancar sensibilidade de artes opacas, é idolatrar quem não vê, é vê quem não quer enxergar. É se fantasiar de horizonte, é deitar na própria vertigem, é se misturar ao vento sem sentir frio e nem rancor.
É praticamente me confundir com imagens, é deixar brincar com paisagens, é se virar em mil e tantas especulações, é não querer pouco, é ser proibida, é procurar menos palavras para me descrever mas acabar encontrando cada vez mais.

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